domingo, 16 de janeiro de 2011

Um menino...

...tinha uma cicatriz no rosto, e as pessoas de seu colégio não lhe dirigiam a palavra e nem sentavam ao seu lado. Na verdade, quando seus colegas o viam franziam a testa, devida à cicatriz ser muito feia. Então, a turma se reuniu com o professor e foi sugerido que aquele menino da cicatriz não frequentasse mais o colégio. O professor levou o caso à diretoria; A diretora ouviu atenciosamente e chegou a seguinte conclusão:

"Não podemos tirar o menino do colégio. Posso conversar com ele, e entrar no acordo de que ele seja o último a entrar na sala e o primeiro a sair. Desta forma, nenhum aluno verá seu rosto, a não ser que olhem para trás."

O professor achou a ideia magnífica; Ele sabia que os alunos não olhariam para trás. Levado o conhecimento da decisão ao menino, ele prontamente aceitou a imposição do colégio, com uma condição: "Comparecerei na frente dos alunos em sala de aula para dizer o porquê dessa cicatriz."

A turma concordou.

No dia seguinte, ao menino entrar na sala, dirigiu-se à frente e começou a relatar: "Sabe turma, eu entendo vocês. Na realidade, essa cicatriz é muito feia; Mas foi assim que eu a adquiri: Minha mãe era muito pobre, e para ajudar na alimentação de casa ela passava roupa para fora. Eu tinha por volta de 7 a 8 anos de idade." - a turma estava em silêncio, atenta a tudo. O menino, então, continuou: "Além de mim, tinham 3 irmãozinhos, um de 4 anos, outro de 2 anos e uma irmãzinha de apenas alguns dias de vida." - Silêncio total na sala. - "Foi aí, que não sei como, nossa casa começou a pegar fogo! Minha mãe correu até o quarto em que estávamos, pegou meu irmãozinho de 2 anos no colo, eu e meu outro irmão pelas mãos e nos levou para fora. Nossa casa era muito simples, feita de madeira... Havia muita fumaça, o fogo se espalhava na madeira. Minha mãe me colocou do lado de fora com meus irmãos e disse para tomar conta deles e não sair dali até ela voltar, pois minha mãe tinha que pegar minha irmãzinha que continuava dentro da casa em chamas. As pessoas que estavam ali não deixaram minha mãe entrar para salvar minha irmãzinha. Peguei meu irmão de 2 anos que estava em meu colo e o coloquei no colo do meu irmão de 4 anos, e disse para que não saísse dali até que eu voltasse. Saí dentre as pessoas, sem ser notado, e quando perceberam eu já tinha entrado na casa. Havia muita fumaça, estava muito quente, mas eu tinha que salvar minha irmãzinha. Eu sabia o quarto que ela estava; Quando cheguei lá, ela estava enrolada num lençol, e chorava muito. Naquele momento, vi caindo alguma coisa, então me joguei em cima dela para protegê-la; E aquela coisa quente encostou em meu rosto." - A turma estava quieta, atenta e envergonhada; E então o menino continuou: "Vocês podem achar essa cicatriz feia, mas tem alguém lá em casa que a acha linda. E todo dia, quando eu chego em casa, ela, a minha irmãzinha me beija, porque sabe que é uma marca de amor."

Vários alunos choraram, sem saber o que dizer ou fazer.
Mas o menino foi para o fundo da classe, e imovelmente sentou-se.

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Seres humanos costumam julgar as pessoas sem ao menos conhecê-las ou saberem de sua história de vida. Este menino era muito novo, e sua turma tinha basicamente a mesma idade que ele, e decidiram ser ignorantes, e deixar o menino de lado.
Aquela turma aprendeu muito com a história desse menino, até mais do que se tivessem vivido tudo aquilo.
SUPER HERÓIS EXISTEM!
Basta você conseguir vê-los!

Beijo ;*

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